Quanto realmente se gasta para produzir uma garrafinha de água,
uma calça jeans, uma xícara de café ou um celular? Se forem computados
os custos para o meio ambiente, esse valor pode ser muito maior do que
se pensa
Quanto custa aquilo que você compra no supermercado? Com certeza, bem
além do preço que está marcado na etiqueta! Raj Patel, autor do livro O
Valor de Nada (Zahar Editora), investigou a distorção que existe quando
ignoramos os custos escondidos além do binômio oferta-procura. "A eterna
busca por crescimento econômico transformou a humanidade num agente da
extinção, por meio da contínua desvalorização dos serviços
ecossistêmicos que mantêm nossa Terra viva", diz Patel. Muitas vezes,
trocamos nossos telefones por um modelo mais novo à custa de péssimas
condições de vida de trabalhadores do outro lado do mundo. Outras vezes,
não nos damos conta de que nossa escolha por uma ou outra marca, em
busca da melhor pechincha, determina o grau de estrago no meio ambiente.
Quem paga essa diferença? Associações e organizações do mundo todo
estão tentando rastrear as pegadas que deixamos ao longo do processo:
desde a produção e seu transporte até chegar às gôndolas, passando pela
forma como o usamos, até seu descarte. Selecionamos quatro produtos
comuns que fazem parte da rotina da nossa vida moderna como um convite
para que você também olhe para um celular, uma xícara de café, uma calça
jeans ou uma garrafa de água sob um outro ponto de vista. E possa saber
que o custo por trás daquilo que você compra pode ser bem maior do que
poderia imaginar.
CALÇA JEANS
*Até
aposentar de vez a sua calça, você terá usado 5460 litros de água - se
ela for lavada uma vez por semana, o equivalente a 83 banhos de 7
minutos cada um. *32,5 kg de CO2. É o equivalente ao carbono sequestrado por seis árvores por ano. *Uma
calça que você compra na loja está encharcada com 11 mil litros de água
Essa é a quantidade do líquido que é usado no processo de produção de
um par de jeans - o equivalente à capacidade de um caminhão-pipa! *Utilizamos
21 litros de água cada vez que lavamos uma calça jeans. São 4 vezes a
quantidade de água que uma pessoa em um país em desenvolvimento poderia
usar por um dia inteiro para beber, limpar, comer e lavar. *Jeans
desbotados são obtidos por jateamento de areia, cujos grãos se decompõem
em partículas finas de sílica, que trabalhadores inalam dando origem à
silicose, uma doença fatal no pulmão, que mata dentro de seis ou nove
meses. *400,2 megajoules de energia elétrica (na lavagem e na hora
de passar), o suficiente para assistir a uma televisão de plasma por 318
horas direto. *O processo de fabricação de uma calça consome muita
água: desde o líquido envolvido no cultivo da matéria-prima, o algodão,
até a diluição dos resíduos de fertilizantes utilizados na safra e dos
produtos químicos da indústria têxtil. O Brasil produziu, em 2010, mais
de 320 milhões de peças jeanswear, incluindo jaquetas, camisas,
vestidos, calças, bermudas e macacões. *58% da energia e 45% da água
utilizada no ciclo de vida de um jeans Levi’s ocorre durante a fase de
uso pelo consumidor. Para fazer sua parte, siga as seguintes
recomendações: Lave 1 vez a cada 2 semanas / Lave em água fria / Seque
no varal / Doe quando não usar mais
CELULAR
*É
muito difícil avaliar a pegada hidrológica de produtos industriais
específicos, porque os itens diferem muito entre si e suas cadeias de
produção são complexas e diferentes.
A fotossíntese é o processo pelo qual a planta sintetiza compostos orgânicos a partir da presença de luz, água e gás carbônico.
Ela é fundamental para a manutenção de todas as formas de vida no
planeta, pois todas precisam desta energia para sobreviver. Os
organismos clorofilados (plantas, algas e certas bactérias) captam a energia solar e a utilizam para a produção de elementos essenciais, portanto o sol
é a fonte primária de energia. Os animais não fazem fotossíntese, mas
obtém energia se alimentando de organismos produtores
(fotossintetizantes) ou de consumidores primários. A fotossíntese pode
ser representada pela seguinte equação:
luz 6H2O + 6CO2 -> 6O2 + C6H12O6 clorofila
A água e o CO2 são pouco energéticos, enquanto que os carboidratos formados são altamente energéticos. Portanto a fotossíntese transforma energia da radiação solar em energia química. Através da fotossíntese as plantas produzem oxigênio e carboidratos a partir do gás carbônico. Na respiração
ela consome oxigênio e libera gás carbonico no ambiente, entretanto em
condições normais, a taxa de fotossíntese é cerca de 30 vezes maior que a
respiração na mesma planta, podendo ocorrer momentos em que ambas serão
equivalentes.
A luz é uma radiação eletromagnética.
Todo o espectro eletromagnético é irradiado pela energia solar. O
ultravioleta é prejudicial aos organismos. Parte da energia é refletida
na atmosfera pelas nuvens e pelos gases, outra parte é refletida pela superfície terrestre, sendo apenas uma pequena parte absorvida pelas plantas. O espectro de luz visível vai do violeta ao vermelho. Os comprimentos de onda mais curtos são muito energéticos e ou mais longos são menos energéticos. A energia luminosa é transmitida em unidades chamadas quanta (singular = quantum), ou fóton.
Para que a fotossíntese ocorra, é necessário que a clorofila absorva a
energia de um fóton com o comprimento ideal de onda para iniciar as
reações químicas.
Estrutura do cloroplasto
A fotossíntese ocorre em organelas chamadas cloroplastos que se localizam principalmente no mesófilo foliar.
Envelope: Membrana dupla de revestimento do cloroplasto;
Estroma: Matriz fluida, que contém várias estruturas membranosas, chamadas grana;
Grana: Estruturas com várias camadas membranosas, em forma de discos;
Lamelas: Conjunto de canais membranosos que interligam os grana.
Tilacóides: Discos membranosos que formam o granum, e encontram-se empilhados.
A conversão de radiação solar em energia química ocorre nas lamelas e
nos grana, com a participação de pigmentos fotossintéticos. No estroma
ocorre a produção de carboidratos, aminoácidos, etc. e fixação do CO2. Os pigmentos relacionados à fotossíntese são as clorofilas e os carotenóides.
As clorofilas possuem coloração verde-azulada e os carotenóides têm cor
alaranjada mas normalmente são mascarados pelo verde da clorofila.
Existem dois tipos de clorofila: a e b.
A clorofila "a" ocorre em todos os organismos clorofilados, possui cor
verde-azulada e absorve luz na região próxima ao azul e ao violeta. A
clorofila "b" é considerada um pigmento acessório, juntamente com os
carotenóides e possui cor verde. As plantas de sombra possuem maior
quantidade de clorofila "b" em relação à "a". A clorofila "b" não faz
conversão de energia, após absorver luz, transfere para a clorofila "a" a
energia captada do fóton para que ela faça a conversão.
Para que a fotossíntese se inicie, os pigmentos precisam absorver um
fóton. As moléculas de clorofila se organizam em uma unidade
fotossintética. Quando um pigmento absorve um fóton, a energia dele é totalmente
transferida para a molécula, afetando sua estabilidade e excitando-a.
Após um curto período de excitação (aproximadamente 15 nanosegundos para
a clorofila a), a molécula dissipa sua energia na forma de radiação,
porém menos energética que inicialmente, pois parte da energia da
molécula foi perdida enquanto ela estava excitada. Este processo
chama-se fluorescência. Entretanto a molécula pode perder sua energia através de conversões
internas, tendo uma vida média mais longa e emitindo uma radiação com
comprimento longo de onda, porém menos energético, sendo este processo
chamado fosforecência. Neste processo, a molécula excitada pode
interagir com outra molécula, fazendo trocas de energia. Quando uma molécula de clorofila b ou carotenóide absorve um quantum a energia é transferida para a clorofila a. Normalmente há uma cooperação entre as moléculas de clorofila, aumentando a eficiência da fotossíntese. Em uma unidade fotossintética há o pigmento aprisionador, ou molécula
aprisionadora, onde a energia irá se concentrar após ter passado por
várias outras moléculas, e as outras moléculas são chamadas de antenas
pois captam as radiações e as transferem para um único ponto.
Fotossistemas
Dois cientistas chamados Emerson e Arnold trabalharam com uma alga
chamada Chlorella e a expuseram em uma intensidade luminosa próxima à
700 nm (vermelho) e verificaram que isso provocava uma grande queda na
eficiência quântica, contrariando a idéia que a clorofila a absorve
quanta em comprimento de onda próximo à 700 nm. Emerson e col.
utilizaram dois diferentes comprimentos de onda e verificaram que haviam
dois sistemas fotossintéticos, pois, separadamente para cada
intensidade luminosa havia uma resposta e quando os dois feixes
monocromáticos foram colocados juntos (700 e 710 nm) aumentou a
eficiência da fotossíntese. Um dos sistemas possuía um sistema
aprisionador para comprimentos de onda curtos e o outro sistema para
ondas longas. Estudos subseqüentes explicaram o processo que o corre.
Nos dois fotossistemas há clorofila a e b, porém em proporções
diferentes. Enquanto o fotossistema 1 tem mais clorolfila a, o
fotossistema tem mais clorofila b. O fotossistema que absorve luz com comprimento de onda próximo a 700 nm é chamado de P700 e o que absorve luz com comprimento de onda próximo da 680 nm é chamado de P680. Quando os pigmentos recebem energia luminosa e ficam excitados,
ocorre o deslocamento de elétrons para níveis energéticos mais elevados.
A substância que doou elétrons fica oxidada e a receptora reduz,
evidenciando então uma reação de óxido-redução. A clorofila recupera os elétrons doados através da reação de foto-oxidação da água, onde os átomos de H (hidrogênio) e O (oxigênio) são separados e os 4 elétrons resultantes são doados. O fotossistema 1 possui um redutor poderoso e um oxidante fraco
(P700) enquanto o fotossistema 2 possui um redutor fraco e um oxidante
forte, formando um sistema oxidante-redutor chamado esquema Z. Quem faz a
ligação entre os 2 fotossistemas é a plastoquinona, plastocianina e
citocromos, cada um com seu potencial de óxido-redução. No FS1, a ferredoxina está envolvida na transferência de elétrons e
ocorre a redução do NADP. O FS2 está relacionado com a liberação de O2.
Após receber elétrons, a clorofila P682 fica excitada e transfere seus
elétrons para a plastoquinona.
Fotofosforilação acíclica
A fotofosforilação acíclica utiliza os dois fotossistemas e tem
início quando a clorofila P680 é excitada e doa um elétron para um
aceptor Q do grupo das quinonas ficando com carga elétrica positiva e o aceptor Q com carga negativa. Esse poder oxidante da clorofila a provoca a fotólise da água.
A reação ocorre com 2 moléculas de água, que tem 4 elétrons captados
por 4 moléculas de clorofila a. Como resultado desta reação temos a
produção de 1 molécula de gás oxigênio e 4 íons
de H+. O ATP produzido durante a fotossíntese é resultado da fotólise
da água, que gera um gradiente de prótons na membrana do tilacóide. 2H2O -> 4e- + 4H+ + O2 O aceptor Q transfere seu elétron para a plastocianina, porém antes
passa por aceptores, liberando de forma gradativa sua energia para
bombear os íons H+ presentes no estroma para o lúmen do tilacóide. No FS2 as moléculas do complexo antena ficam excitadas e os elétrons
vão para a molécula aprisionadora P700. O elétron desta molécula é
transportado por uma série de transportadores e o resultado deste
processo é a redução do NADP+ à NADPH, enquanto ocorre a oxidação da P700. A P700 tem os seus elétrons repostos pela cadeia transportadora do FS1. H2O + NADP+ -> NADPH + H + ½ O2
Fotofosforilação cíclica
ADP + Pi -> ATP luz cloroplastos
Os dois fotossistemas trabalham juntos, porém o fotossistema 1 pode
atuar de forma independente, mas sozinha ele só trabalha para a produção
de ATP para o metabolismo celular. Ao invés de ser transferido para o NADP+ o elétron emitido
pela P700 excitada vai para ferredoxina e para a cadeia transportadora
de elétrons, entre o FS1 e o FS2 e descem através de outra cadeia até a
molécula aprisionadora do FS1, estimulando o transporte de íons H+
e promovendo a produção de ATP. Os aceptores da cadeia transportadora
são chamados de citocromos e o aceptor final chama plastocianina. Quando
o elétron chega na plastocianina, ele retorna à P700, formando um
ciclo. Fixação do Carbono Os compostos que compões a matéria orgânica são produzidos através da
fixação do gás carbônico da atmosfera pelos organismos
fotossintetizantes na presença de luz. Melvin Calvin elucidou a via do ciclo do carbono na fotossíntese e esse processo recebeu o nome de Ciclo de Calvin.
O ciclo da redução do carbono é muito parecido com os outros ciclos,
uma vez que o composto inicial é regenerado a cada volta no ciclo. Através de vários experimentos utilizando o carbono radioativo 14C
foi possível a identificação de outros compostos da fotossíntese. A
partir deste estudo concluiu-se que existem 2 tipos de plantas em
relação ao primeiro açúcar fabricado. Ciclo C3 Utilizando o isótopo radioativo 14CO2 durante 5 segundos verificou-se que a radioatividade se concentrava em um açúcar com 3 carbonos, o ácido fosfoglicério (PGA). Ciclo C4 Utilizando a mesma técnica, concluiu que o primeiro açúcar formado tinha
4 carbonos e que este ciclo requer 2 ATP a mais que o ciclo C3
na assimilação do CO2. Esse processo ocorre com plantas de clima árido e
gramíneas tropicais, por conta do baixo consumo de água por unidade de
matéria produzida e baixa perda de CO2 na luz.
Fatores Limitantes da Fotossíntese
Intensidade luminosa
A partir de baixa intensidade luminosa, medida pela liberação de gás
oxigênio, a fotossíntese aumenta de forma linear conforme o suprimento
de luz até atingir um limite, chamado platô ou região de saturação
luminosa. A região representada pela letra X corresponde à região
limitada pela luz.
Temperatura
As reações na região limitada pela luz não são sensíveis à
temperatura. Em condições ideais de luminosidade e concentração de gás
carbônico a taxa de fotossíntese tende aumentar conforme a temperatura
aumenta, porém quando esta fica muito alta, pode causar danos para a
fotossíntese e para a planta.
Gás Carbônico
Em regiões limitadas pela luz, se acrescentarmos mais gás carbônico
podemos perceber um aumento na taxa de fotossíntese. A concentração
deste gás na atmosfera varia entre 0,03 a 0,04% e isso não é suficiente
para a planta utilizar na fotossíntese. Por isso o CO2 é considerado
fator limitante da fotossíntese. Chamamos de ponto de compensação de CO2
o momento em que o consumo de gás carbônico na fotossíntese equivale ao
liberado pela planta na respiração e varia conforme a espécie
considerada.
Reações fotoquímicas e não fotoquímicas
Após estudar um gráfico de curvas de saturação luminosa, o
fisiologista vegetal Blackman sugeriu que a fotossíntese ocorre em duas
etapas, uma dependente de luz (fotoquímica) e outra independente de luz,
enzimática, mais lenta que a luminosa. Porém a fase independente de luz
pode ocorrer tanto na presença quanto na ausência de luz.
Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus.
Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre,
mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a
grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das
articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa
inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e
calor local.
A febre chikungunya teve seu vírus isolado pela primeira vez em 1950, na
Tanzânia. Ela recebeu esse nome pois chikungunya significa “aqueles que
se dobram” no dialeto Makonde da Tanzânia, termo este usado para
designar aqueles que sofriam com o mal. A doença, apesar de pouco letal,
é muito limitante. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção
por causa das articulações inflamadas e doloridas, daí o “andar
curvado”.
Os mosquitos transmitiam a doença para africanos abaixo do Saara, mas os
surtos não ocorriam até junho de 2004. A partir desse ano, a febre
chikungunya teve fortes manifestações no Quênia, e dali se espalhou
pelas ilhas do Oceano Índico. Da primavera de 2004 ao verão de 2006,
ocorreu um número estimado em 500 mil casos.
A epidemia propagou-se do Oceano Índico à Índia, onde grandes eventos
emergiram em 2006. Uma vez introduzido, o CHIKV alastrou-se em 17 dos 28
estados da Índia e infectou mais de 1,39 milhão de pessoas antes do
final do ano. O surto da Índia continuou em 2010 com novos casos
aparecendo em áreas não envolvidas no início da fase epidêmica.
Os casos também têm sido propagados da Índia para as Ilhas de Andaman e
Nicobar, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Singapura, Malásia, Indonésia e
numerosos outros países por meio de viajantes infectados. A preocupação
com a propagação do CHIKV atingiu um pico em 2007, quando o vírus foi
encontrado no norte da Itália após ser introduzido por um viajante com o
vírus advindo da Índia.
As taxas de ataque em comunidades afetadas em recentes epidemias variam
de 38% a 63% e, embora em níveis reduzidos, muitos casos destes países
continuam sendo relatados. Em 2010, o vírus continua a causar doença em
países como Índia, Indonésia, Myanmar, Tailândia, Maldivas e reapareceu
na Ilha Réunion.
Casos importados também foram identificados no ano de 2010 em Taiwan,
França, Estados Unidos e Brasil, trazidos por viajantes advindos,
respectivamente, da Indonésia, da Ilha Réunion, da Índia e do sudoeste
asiático.
Atualmente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e Guiana
Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá.
Isso quer dizer que a febre chikungunya está migrando e pode chegar ao
Brasil, onde os mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus têm todas
as condições de espalhar esse novo vírus.
Febre chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aedypti
A febre chikugunya não é transmitida de pessoa para pessoa. O contágio
se dá pelo mosquito que, após um período de sete dias contados depois de
picar alguém contaminado, pode transportar o vírus CHIKV durante toda a
sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui
anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear
a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.
O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito
deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as
larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período,
transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O
Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive
em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de
dois a 12 dias para a febre chikungunya se manifestar, sendo mais comum
cinco a seis dias.
A transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16°
C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele
se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos
em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião
se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião
do mosquito transmissor da febre chikungunya podem suportar até um ano a
seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas
dos recipientes e esperando um ambiente úmido para se desenvolverem.
Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para
passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em
média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se
tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que
possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.
O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem
aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas
pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da
manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. No entanto, mesmo
nas horas quentes ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há
suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe
a picada, pois não dói e nem coça no momento. Por ser um mosquito que
voa baixo - até dois metros - é comum ele picar nos joelhos,
panturrilhas e pés.
A fêmea do Aedes aegypti voa até mil metros de distância de
seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do
mosquito é maior do que os especialistas acreditavam.
A febre chikungunya pode afetar pessoas de todas as idades e ambos os
sexos. Entretanto, a apresentação clínica é conhecida por variar de
acordo com a idade, sendo os muito jovens (neonatal) e idosos os mais
afetados pelas manifestações graves da doença. Além da idade, as
comorbidades (doenças subjacentes) também vêm sendo identificadas como
fator de risco para pior evolução da doença.
A maioria das infecções por CHIKV que ocorre durante a gravidez
não resulta na transmissão do vírus para o feto. Existem, porém, raros
relatos de abortos espontâneos após a infecção maternal por febre
chikungunya. Aqueles infectados durante o período intraparto podem
também desenvolver doenças neurológicas, sintomas hemorrágicos e doença
do miocárdio. Anormalidades laboratoriais incluíram testes de função
hepática aumentados, plaquetas e contagem de linfócitos reduzidos e
níveis de protrombina diminuídos.
Indivíduos maiores de 65 anos tiveram uma taxa de mortalidade 50 vezes
superior quando comparados ao adulto jovem (menores de 45 anos de
idade). Apesar de não ser claro por que os adultos mais velhos têm um
risco aumentado para doença mais grave, pode ser devido à frequência de
comorbidades ou resposta imunológica diminuída.
O período de incubação da febre chikungunya varia de dois a 12 dias.
Muitas pessoas infectadas com CHIKV não apresentarão sintomas. O quadro
clínico é muito semelhante ao da dengue, e os sintomas de febre
chikungunya são:
Febre
Dor nas articulações
Dor nas costas
Dor de cabeça.
Outros sintomas incluem:
Erupções cutâneas
Fadiga
Náuseas
Vômitos
Mialgias.
Os sintomas comuns de chikungunya são graves e muitas vezes
debilitantes, sendo as mãos e pés mais afetados. No entanto, pernas e
costas inferiores frequentemente podem estar envolvidas.
Febre chikungunya x Dengue
A febre chikungunya deve ser diferenciada da dengue, a qual tem um
potencial para resultados muito piores, incluindo a morte. Entretanto,
as duas doenças podem ocorrer juntas no mesmo paciente.
Observações de surtos prévios na Tailândia e na Índia têm demonstrado as
principais características que distinguem o CHIKV de dengue. Na febre
chikungunya, o choque ou hemorragia grave são raramente observados. O
início é mais agudo e a duração da febre é muito mais curta.
Embora as pessoas possam se queixar de dor corporal difusa na presença
na dengue, a dor é muito mais pronunciada e localizada nas articulações e
tendões nos casos de febre chikungunya.
Se você suspeita de febre chikungunya, vá direto ao hospital ou clínica
de saúde mais próxima. O diagnóstico deverá ser feito por meio de
análise clínica e exame sorológico (de sangue). A partir de uma amostra
de sangue, os especialistas buscam a presença de anticorpos específicos
para combater o CHIKV no sangue. Isso indicará que o vírus está
circulando pelo seu corpo e que o organismo está tentando combatê-lo.
Para diferenciar febre chikungunya da dengue, outros exames podem ser feitos:
- Testes de coagulação;Eletrólitos;Hematócrito;Enzimas do
fígado;Contagem de plaquetas;Teste do torniquete: amarra-se uma
borrachinha no braço para prender a circulação. Se aparecerem pontos
vermelhos sobre a prele, é um sinal da manifestação hemorrágica da
dengue;Raio X do tórax para demonstrar efusões pleurais.
Atualmente, não há tratamento específico disponível para a febre
chikungunya. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser
mantidos sob mosquiteiros durante o estado febril, evitando que algum
Aedes aegypti o pique, ficando também infectado.
É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação.
Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento
antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária
internação para hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em
unidade de terapia intensiva.
Como na dengue, pacientes com febre chikungunya devem evitar
medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que
contenham a substância associada. Esses medicamentos têm efeito
anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios
não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser
evitados. O uso destas medicações pode aumentar o risco de sangramentos.
A mortalidade por febre chikungunya é muito pequena. Entretanto, um
aumento na taxa de óbito absoluto foi relatado durante as epidemias de
2004-2008 na Índia e na Ilha Maurício.
Após os primeiros dez dias, a maioria dos pacientes sentirá uma melhora
na saúde geral e na dor articular. Porém, após este período, uma recaída
dos sinais pode ocorrer com alguns pacientes reclamando de vários
sintomas reumáticos. Isso é muito comum entre dois e três meses após o
início da doença. Alguns pacientes também podem desenvolver distúrbios
vasculares periféricos, como a síndrome de Raynaud. Além dos sintomas
físicos, a maioria dos pacientes reclama de sintomas depressivos,
cansaço geral e fraqueza.
Estudos da África do Sul mostraram que 12%-18% dos pacientes terão
sintomas persistentes de 18 meses a três anos. Em estudos mais recentes
na Índia, a proporção de pacientes com sintomas persistentes em dez
meses após o início da doença foi de 49%, enquanto dados da Ilha Reunión
demonstraram que 80%-93% dos pacientes se queixam de sintomas
persistentes três meses após o início da doença, reduzindo para 57% aos
15 meses e 46% aos dois anos.
O sintoma persistente mais comum é dor nas articulações decorrentes de
inflamação, geralmente as mesmas articulações afetadas durante os
estágios agudos. Outros sintomas, como cansaço e depressão, podem
persistir após a fase aguda da doença.
Entre os fatores de risco para não recuperação estão idade avançada
(mais de 65 anos), problemas de articulação pré-existentes e doenças
agudas mais graves.
O mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus e suas larvas nascem e
se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução
desse vetor é a melhor forma de prevenir a febre chikungunya! Veja como
eliminar o risco:
Evite o acúmulo de água
O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente
potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas
com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de
poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a
vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas
tampas de caixas d'água e cisternas.
Coloque areia nos vasos de plantas
O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três
alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar
areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato
se torne um criadouro de mosquitos.
Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de febre
chikungunya devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu,
sabão e água sanitária. Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam
água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal é que ele seja
fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante
regularmente.
Limpe as calhas
Grandes reservatórios, como caixas d'água, são os criadouros mais
produtivos de febre chikungunya, mas as larvas do mosquito podem ser
encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar até
essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses,
pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o
desenvolvimento do Aedes aegypti.
Coloque tela nas janelas
Embora não seja tão eficaz, uma vez que as pessoas não ficam o dia
inteiro em casa, colocar telas em portas e janelas pode ajudar a
proteger sua família contra o mosquito Aedes aegypti. O
problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência.
Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso, não se esqueça
de que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de
proteção.
Lagos caseiros e aquários
Assim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários
se tornarem foco de febre chikungunya deixou muitas pessoas
preocupadas. Porém, peixes são grandes predadores de formas aquáticas de
mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que não
são limpas com frequência.
Seja consciente com seu lixo
Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim
você garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até
mesmo enchentes. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.
Uso de repelentes
O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos
mosquitos, é um método paliativo para se proteger contra a febre
chikungunya. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados.
Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de
soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o
mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do
produto são temporárias, sendo necessária diversas reaplicações ao longo
do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.
Suplementação vitamínica do complexo B
Tomar suplementos de vitaminas do complexo B pode mudar o odor que nosso
organismo exala, confundindo o mosquito e funcionando como uma espécie
de repelente. Outros alimentos de cheiro forte, como o alho, também
podem ter esse efeito. No entanto, a suplementação deveria começar a ser
feita antes da alta temporada de infecção do mosquito, e nem isso
garante 100% de proteção contra a febre chikungunya. A estratégia deve
se somar ao combate de focos da larva do mosquito, ao uso do repelente e
à colocação de telas em portas e janelas, por exemplo.
Aristóteles tinha observado e descrito que as plantas necessitavam de luz solar para adquirir a sua cor verde. No entanto, só em 1771, a fotossíntese começou a ser estudada por Joseph Priestley. Este químico inglês, confinando uma planta numa redoma de cristal comprovou a produção de uma substância que permitia a combustão e que, em certos casos, avivava a chama de um carvão em brasa. Posteriormente, concluiu-se que a substância observada era o gásoxigênio.
Em 1778, Jan Ingenhousz, físico-químico neerlandês, verificou que uma vela colocada dentro de um frasco fechado não se apagava, desde que houvesse também no frasco partes verdes de plantas e o frasco estivesse exposto à luz, ou seja, que na presença de luz, as plantas libertam oxigénio.[1]
Nicolas-Théodore de Saussure, já no início do século XIX descobriu que os vegetais incorporavam água em seus tecidos. Com o passar do tempo, os avanços no campo óptico e as tecnologias de estudo aprimoradas, possibilitaram os conhecimentos em relação a nutrição vegetal.
Uma observação importante foi que o azoto, assim como diversos sais e minerais, era retirado do solo pelas plantas e que a energia proveniente do Sol se transformava em energia química, ficando armazenada numa série de produtos em virtude de um processo que então acabou por ser chamado de fotossíntese.
A substância chamada de clorofila foi isolada na segunda década do século XIX. Ainda naquele século, descobriu-se que a clorofila era a responsável pela cor verde das plantas, além de desempenhar um papel importante na síntese da matéria orgânica. Julius von Sachs demonstrou que a clorofila se localizava nos chamados organelos celulares, que, por meio de estudos mais apurados, foram chamados de cloroplastos.
Ao avançarem as técnicas bioquímicas, em 1954 foi possível o isolamento e extracção destes organelos. Foi Daniel Israel Arnon quem obteve cloroplastos a partir das células do espinafre, conseguindo reproduzir em laboratório as reações completas da fotossíntese.
Com estas técnicas, descobriu-se, por exemplo, que a fotossíntese ocorre ao longo de duas etapas:
A fase fotoquímica, fase luminosa ou fase clara (fase dependente da luz solar) é a primeira fase do processo fotossintético. Essa fase ocorre nos tilacoides. Seu evento principal é a fotofosforilação, que é a adição de fosfato inorgânico (Pi) ao difosfato de adenosina (ADP). A energia luminosa é captada por meio de pigmentos fotossintetizantes, capazes de conduzi-la até o centro de reação. Tal centro é composto por um par de clorofilas α, também denominado P700. Os elétrons excitados da P700 saem da molécula e são transferidos para uma primeira substância aceptora de elétrons, a ferredoxina. Esta logo os transfere para outra substância, e assim por diante, formando uma cadeia de transporte de elétrons. Tais substâncias aceptoras estão presente na membrana do tilacóide. Nessa transferência entre os aceptores, os elétrons vão liberando energia gradativamente e esta é aproveitada para transportar hidrogênio iônico de fora para dentro do tilacóide, reduzindo o pH do interior deste. A redução do pH ativa o complexo protêico "ATP sintetase". O fluxo de hidrogênios iônicos através do complexo gira, em seu interior, uma espécie de "turbina proteica", que promove a fosforilação de moléculas de adenosina difosfato dando origem à adenosina trifosfato (ATP). Ao chegarem ao último aceptor, os elétrons têm nível energético suficientemente baixo e retornam ao par de clorofilas 'a', fala-se em fotofosforilação cíclica.
Porém, existe outra forma de fosforilação, a fotofosforilação acíclica onde os elétrons das moléculas de clorofila 'a' (P700), excitados pela luz, são captados pela ferredoxina, mas ao em vez de passarem pela cadeia transportadora são captados pelo NADP (nicotinamida adenina dinucleotídeo Fosfato) e não retornam para o P700. Este fica temporariamente deficiente de elétrons. Esses elétrons são repostos por outros provinientes de outro Em seguida passa aos citocromos e plastocianina até serem captados pelo P700, que se recompõe. Este processo de transporte também promove a síntese do (ATP). Já o P680 fica deficiente de elétrons. Esses elétrons serão repostos pela fotólise da água. A quebra da molécula da água por radiação (fotólise da água) produz iôns de hidrogênios e hidróxidos. Os elétrons dos iôns hidróxidos são utilizados para recompor o P680 e os iôns hidrogênio são aceptados pelo NADP, com isso ocorre a formação de água oxigenada (H2O2) oriunda da reação de síntese entre as hidroxilas. A água oxigenada é decomposta pela célula em água e O2 sendo este último liberado do processo como resíduo. Com a repetição do processo forma-se o aporte energético e de NADPHs necessários para a fase escura.
A fase química ou "fase escura" é um ciclo descoberto pelos cientistas Melvin Calvin, Andrew Benson e James Bassham. Nessa fase chamada de ciclo de Calvin ou ciclo das pentoses, que ocorre no estroma do cloroplasto, o tilacóide fornece ATP e NADPH2 ao estroma do cloroplasto, onde se encontra a pentose (ribulose fosfato), essa pentose ativada por um fosfato, fixa o carbono que provém do dióxido de carbono do ar sob a ação catalisadora da "RuBisCO" (ribulose bifosfato carboxilase-oxidase) e em seguida é hidrogenada pelo NAPH2 formando o aldeído que dará origem à glicose. Para a síntese de uma molécula de glicose são fixadas seis de dióxido de carbono, permitindo que o processo recicle a ribulose fosfato. devolvendo-a ao estroma. Desta fase resulta a formação de compostos orgânicos como a glicose, necessária à atividade da planta. Esta fase é denominada fase escura, no entanto é um termo utilizado de forma inadequada pois para a "RuBisCO" entrar em atividade determinando a fixação do CO2 atmosférico para a formação de moléculas de glicose, ela precisa estar num estado reduzido, e para isso acontecer é necessário que a luz esteja presente.
Equação: 6CO2 + 12NADPH2 + 18ATP -(enzimas)→ 12NADP + 18ADP + 18P + 6H2O + C6H12O6
Plantas jovens consomem mais dióxido de carbono e libertam mais oxigénio, pois o carbono é incorporado a sua estrutura física durante o crescimento.
É importante realçar que a fase escura não ocorre apenas à noite ou na ausência de luz, o nome refere-se ao facto desta fase não necessitar da luz para funcionar. Ela acontece logo após a fase clara numa reação em cadeia até que o substrato se esgote.
A equação geral da formação de glicose é resultado da soma das duas equações:
Equação simplificada da fase fotoquímica: 12H2O + 12NADP + 18ADP + 18P -(luz)→ 18ATP + 12NADPH2 + 6O2
Equação simplificada da fase química: 6CO2 + 12NADPH2 + 18ATP -(enzimas)→ 12NADP + 18ADP + 18P + 6H2O + C6H12O6
Somando-as e simplificando, obtém-se a equação geral da fotossíntese: 12H2O + 6CO2 → 6O2 +C6H12O6 + 6H2O
Concentração de dióxido de carbono: É geralmente o fator limitante da fotossíntese para as plantas terrestres em geral, devido a sua baixa concentração na atmosfera, que é em torno de 0,04%.
Temperatura: Para a maioria das plantas, a temperatura ótima para os processos fotossintéticos está entre 30 e 38 °C . Acima dos 45°C a velocidade da reação decresce, pois cessa a atividade enzimática.
Água: A água é fundamental como fonte de hidrogênio para a produção da matéria orgânica. Em regiões secas as plantas têm a água como um grande fator limitante.
É chamado "ponto de compensação fótico" o instante em que as velocidades de fotossíntese e respiração são exatamente as mesmas. Neste instante toda a glicose produzida na fotossíntese é "quebrada" na respiração, e todo dióxido de carbono(CO2) gasto na fotossíntese é produzido na respiração.
A fotossíntese é o principal processo de transformação de energia na biosfera. Ao alimentarmo-nos, parte das substâncias orgânicas, produzidas graças à fotossíntese, entram na nossa constituição celular, enquanto outras (os nutrientes energéticos) fornecem a energia necessária às nossas funções vitais, como o crescimento e a reprodução. Além do mais, ela fornece oxigênio para a respiração dos organismos heterotróficos. É essencial para a manutenção da vida na Terra.
De acordo com a teoria da geração orgânica do petróleo, indiretamente energia química presente no petróleo e no carvão, que são utilizados pelo ser humano como combustíveis, têm origem na fotossíntese, pois, são produtos orgânicos provenientes de seres vivos (plantas ou seres que se alimentavam de plantas) de outras eras geológicas.